Sociedade Esportiva Palmeiras

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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Senhor Derby.

Nação Palestrina.

Republicando.

Por Fernando Galuppo.


É da natureza palestrina gostar de não gostar do time alvinegro do Parque São Jorge e das coisas que se relacionam ao nosso maior rival. Trata-se de um legado que herdamos e nos dá prazer. Procuramos cultivar por entre gerações, de modo intenso e verdadeiro.
Ninguém na cúpula diretiva palestrina personificou tanto esse sentimento em atitudes como o saudoso e memorável diretor, conselheiro e benemérito José Gimenez Lopes. Ele era enfático ao afirmar: “Se é bom para ELES é ruim para NÓS”, referindo-se ao Sport Club Corinthians Paulista.
Folclórico. Radical. Passional. Sincero. O Espanhol, como era conhecido, se transformava quando o embate era contra o time da Fazendinha. Não engolia “eles” de jeito nenhum.
Por: footycrowd.com

A italianada palmeirense sabia desse pormenor e sempre cutucava Gimenez com todo tipo de galhofa: “Um espanhol no Palestra, deve ser corintiano camuflado”, provocavam. Pronto. O pau quebrava. O fio desencapava. O sangue fervia. O palestrinismo vinha à tona.
Gimenão, delegado e investigador de polícia, era morador do bairro de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Franco, autêntico, sem meias palavras, não fugia da polêmica quando o assunto era a sua maior paixão, a Sociedade Esportiva Palmeiras.
Ocupou o cargo de diretor de futebol profissional do Palmeiras em três ocasiões. Sua primeira passagem na função  nos anos 60 foi a mais marcante. Em 1968, iniciou um processo de renovação no elenco alviverde, dispensando ídolos como: Tupãzinho, Maidana, Perez, Valdir Joaquim de Moraes, Ferrari, Servílio, Gildo, Rinaldo, Djalma Santos, Zequinha, entre outros.
Em contrapartida, trouxe outros grandes craques como Artime, Cesar Maluco (em definitivo), Leão, Eurico, Luis Pereira, Zeca. Mantendo os geniais Dudu e Ademir da Guia. Basicamente, construindo a espinhal dorsal da Segunda Academia.
Sua estratégia deu certo. Sagrou-se Campeão Brasileiro em 1969 e deixou edificado os pilares sólidos que fariam do Palmeiras um dos maiores e mais consagrados times de futebol da década de 70.
Saudações Palestrinas.